Se você é advogado(a) seja ele recém formado ou não, já sabe que a captação de clientes é a alma do negócio.

Certamente o domínio da prática jurídica e o conhecimento técnico irá te destacar entre os colegas, porém, de nada adianta saber tudo da teoria se não há clientes para ajudar.

Para conseguir esses clientes, vou te ensinar como fazer um marketing melhor que 99% dos advogados.

1. Entendendo quem é seu Cliente Ideal

Entender quem é seu cliente ideal vai ser o primeiro passo para você fazer um marketing jurídico 99% melhor do que seus colegas.

A ideia principal é se colocar no lugar do cliente, imaginar qual o problema ele tem, qual tipo de advogado ele procura, que tipo de solução ele precisa, entendendo assim quem é o cliente,

Para fazer isso, sugiro olhar ao seu redor, pesquisar nas redes sociais e entender o foco do problema do cliente. Vamos a um exemplo?

Se o seu foco, por exemplo, for Direito Previdenciário, já sabe que seu cliente provavelmente é uma pessoa de mais 60 anos de idade, com interesses dessa geração. Além disso, sabe que a preocupação maior desse cliente é conseguir seu sustento e descansar, parar de trabalhar e finalmente começar a curtir a vida (é assim que o ciclo comum da vida nos ensina).

Conhecer as dores dos clientes ajuda na produção de conteúdo, no atendimento ao cliente e, ao final, no fechamento de um maior número de contratos.

2. Onde seu Cliente Ideal está?

O segundo passo para estar a frente de mais de 99% dos seus concorrentes é saber em quais canais de comunicação o seu Cliente Ideal está. Imagina-se, por exemplo, que os clientes mais idosos estejam em canais mais tradicionais de comunicação, por questões de barreira de acesso a novas tecnologias.

Não presuma que os idosos não estejam no Instagram ou TikTok, mas a adesão maior (presença digital) do público alvo mais velho é, sabidamente, o Whatsapp/Facebook:

De acordo com a pesquisa, os aplicativos que os idosos mais usam no celular são as redes sociais (72%); de transporte urbano (47%); e bancários (45%). O Whatsapp é a rede social mais utilizada (92%), seguida do Facebook (85%) e Youtube (77%).

Clique Aqui para Acessar a Pesquisa Encomendada pela CNDL.

3. Limites do Marketing Jurídico

Além de saber quem é seu cliente potencial, ou cliente ideal, para fazer um Marketing melhor que 99% dos advogados, é importante saber que o Marketing Jurídico tem limites com base na boa-fé e na própria legislação brasileira.

Até há alguns anos a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) proibia a utilização de anúncios e de marketing pago. A pandemia foi a grande responsável por acelerar a liberação desse tipo de propaganda e publicidade.

Hoje está em vigor o Provimento nº 205/2021 do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que no uso das suas atribuições, resolveu autorizar o marketing jurídico, desde que feito de forma compatível com os preceitos éticos e respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto da Advocacia, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e pelo próprio provimento 205/2021.

Para qualquer profissional que dê valor à sua carteirinha vermelha de advogado, é dever a leitura integral do provimento bem como saber também os limites da publicidade de acordo com o Código de Ética e do Estatuto da Advocacia.

A leitura atenta trará à tona, por exemplo, que o advogado não pode impulsionar decisões liminares ou sentenças favoráveis com o intuito de se autopromover ou promover seu escritório.

Ainda, as regulamentações não permitem que o advogado faça uso de publicidade para fins de “ostentação”. As discussões, entretanto, são intermináveis acerca do conceito do que seria ou não ostentação já que muitos advogados hoje em dia utilizam suas redes sociais para mostrar sua vida de opulência, iates, helicópteros e carros de luxo.

4. Produção de Conteúdo

Por fim, cientes dos benefícios e dos limites do marketing jurídico, o advogado deve planejar um mínimo de produção de conteúdo para atrair clientes. Esse conteúdo pode ser distribuído tanto de forma orgânica como de forma patrocinada (Tráfego Orgânico e Tráfego Pago – Entenda a Diferença para o seu Escritório).

Os formatos de conteúdo variam de acordo com a área e também de acordo com a plataforma. Em plataformas como o Instagram, por exemplo, postagens que avaliam situações cotidianas ou que falam de notícias recentes tendem a ter maior engajamento.

Se a sua meta é atrair clientes, o ideal é que o conteúdo seja produzido sem muito “juridiquês”, facilite o acesso ao conteúdo e o seu entendimento para o que seu Cliente Ideal tenha condições de entender o problema que possui e que possa enxergar no seu Escritório a solução dos problemas que ele está enfrentando.

Cada tipo de ação ou área também despertam desejos e medos diferentes, em razão disso, o texto (ou copyright) deve ser pensado para reter o cliente e entregar um conteúdo relevante.

Digamos, por exemplo, que você é um advogado de Direito Trabalhista. O interesse do seu cliente é saber se está ou não sendo lesado, se a empresa deveria estar cumprindo com alguma norma e não está, saber em quais situações pode se ausentar do trabalho, saber se está recebendo tudo que a sua categoria/sindicato acordou com a empresa, etc.

Saiba as dores do cliente, seus interesses e pense no conteúdo sempre voltado para ajudar.

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